quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

FAZER GRAÇA
Talvez hoje mais que nunca, mas também por toda história, o humor é um serviço de utilidade pública. É inconveniente, perspicaz, soberano e até puro, mas não ingênuo. Divertir as pessoas é uma ação que ajuda a resgatar o que há de humano nelas, na medida em que desarmam e desnudam seus conceitos e preconceitos. Por isso mesmo é uma ação política, uma escolha de quem quer interferir na sociedade de maneira subjetiva, lúdica, mas compromissada. É certo que há exageros e algumas coisas até desprezíveis, como há na educação, na saúde, na política... (ah política).É sempre uma performance em construção que busca dialogar com seu tempo e sua história. Uma piada pode intrigar, revoltar, provocar reflexão, causar cartase ou simplesmente divertir. Tudo isso é matéria do humor, uma responsabilidade que é assumida toda vez que alguém toma a palavra, ou mesmo num singelo gestual, resolve FAZER GRAÇA. Não é de graça...

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