quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

FAZER GRAÇA
Talvez hoje mais que nunca, mas também por toda história, o humor é um serviço de utilidade pública. É inconveniente, perspicaz, soberano e até puro, mas não ingênuo. Divertir as pessoas é uma ação que ajuda a resgatar o que há de humano nelas, na medida em que desarmam e desnudam seus conceitos e preconceitos. Por isso mesmo é uma ação política, uma escolha de quem quer interferir na sociedade de maneira subjetiva, lúdica, mas compromissada. É certo que há exageros e algumas coisas até desprezíveis, como há na educação, na saúde, na política... (ah política).É sempre uma performance em construção que busca dialogar com seu tempo e sua história. Uma piada pode intrigar, revoltar, provocar reflexão, causar cartase ou simplesmente divertir. Tudo isso é matéria do humor, uma responsabilidade que é assumida toda vez que alguém toma a palavra, ou mesmo num singelo gestual, resolve FAZER GRAÇA. Não é de graça...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Gente, tou preso aqui em casa, preciso de 10 mil reais para sair, alguém me ajuda!? Com José Dirceu deu certo...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ESPELHO COM LUME

A gente brasileira mudou o comportamento. Isso é visível. Há uma década, nós eleitores, votávamos no candidato inteligente: aquele que falava difícil, vocabulário as vezes intraduzível. Falava coisas que a gente não entendia, e por isso mesmo, era tido como o inteligente. Era dele que precisávamos para nos representar. Nós pobres mortais, resumíamos em nossa pequenez e enxergava naquele candidato intelectual, nossa tábua de salvação. Víamos o horário eleitoral e dizíamos: esse vai resolver os problemas do Brasil. Aprendemos as duras penas que não era assim. Lula mudou isso. Com sua ascenção ao poder descobrimos que gente que fala simples, de modo que entedemos, também pode ser competente. Isso por si só, já serviu para levantar nossa autoestima. Gente como nós nos entende e pode nos representa melhor. É como se nós estivéssemos no poder. Neste sentido, Lula construiu uma obra memorável, que alguns ainda não entenderam. Também por essa razão, o povo brasileiro está abraçando a Dilma, ela representa a continuidade disso: reafirmação de nossa autoestima e consolidação de um conceito de fazer política. Nós representantes de nós mesmos! Não é contra intectual e muito menos contra formação acadêmica, é a favor eu diria. Afinal para que serve o conhecimento se não para aprendermos a dialogar com clareza e ter firmeza de propósitos? Falo de um modo que ecoa... nós brasileiros, não somos mais só caixa de ressonância.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CINEMA NOVO DE NOVO

Assisti AVATAR e acho que todo mundo deveria fazer o mesmo. A gente sai da sala com a sensação de que o cinema ganhou uma nova perspectiva ,e que quase tudo que vimos, fica imediatamente velho. Provoca ao mesmo tempo um deleite e um vazio. Que será do cinema de agora em diante. E aquele projeto de curta com baixo orçamento, produção modesta? O que o público quererá ver doravante? Eu me sentiria estimulado em começar um projeto que já começa anos-luz atrasado? O Avatar encanta e provoca desencanto. Toda mudança é assim mesmo, e o 3D é o futuro. Para sobreviver ao Avatar só grandes roteiros, belas histórias, alma, coração. O cinema tradicional vai precisar cativar, cativar para sobreviver.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SOBRE O TEMPO


Fim de ano, inevitável balanço persiste em nos incomodar. Um ano para um projeto de longa duração não representa muito tempo. Mas um ano, 365 dias, quantas horas, meu Deus! É muito tempo sim! Se imaginarmos um ano para frente, talvez pensemos: é bastante tempo. Se imaginarmos o ano passado, nos desesperamos: passa rápido demais. Muito vezes pensamos: ai, como eu queria que passasse logo este ano, por outras razões pensamos: que bom se este ano nunca acabasse! É isso mesmo, o tempo é relativo, muito relativo. Nós somos o tempo, e o tempo é para nós é começo, meio e fim. Há um tempo de espera, um tempo de agonia, um tempo de bonanza e um tempo de alívio. Nos relacionamos muito mal com o tempo. Quase não o enxergamos, as vezes não é para enxergar mesmo, mas provavelmente sentiremos falta dele em algum momento. Vamos aproveitar agora! É tempo de tudo agora...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Novos Cuiabanos

Nós estamos descobrindo um novo Mato Grosso. Um mosaico de origens e culturas que revela uma diversidade poucas vezes encontrada em outro lugar. Essa mistura de gente faz surgir inclusive uma nova Cuiabá. Cosmopolita e naturalmente tolerante. Os novos cuiabanos, filhos de cuiabanos e não cuiabanos já tingem de cores diferentes nossa raça. Um fato novo e relevante para a compreensão de uma nova identidade. Por isso mesmo acho que a arte regional ganha cada vez mais prestígio. É o reconhecimento de si próprio e ampliação do novo significado de ser cuiabano. O linguajar encantador e a maravilhosa receptividade deste povo constrói laços inseparáveis com os que para cá vem, e seus filhos são naturalmente acolhidos e absorvem nosso djeito de ser. Louras cuiabanas, elas estão por aí... dançam funk e rasqueado e isso é o mais legal de tudo. Diverso e sem discriminação.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CADÊ O TEATRO?

Percebemos com frequência que a sociedade civil está se movimentando intensamente no sentido de ampiar a estrutura urbana da cidade. No ramo de empreendimento imobiliário essa ação é bastante visível. Motivado pelo crescimento econômico, pela ascenção à classe média de milhares de pessoas e principalmente com fato de ser uma das subsedes da copa do mundo em 2014, as construtoras estão lançando diversos condimínios em Cuiabá. Tem para todos os gostos e poder econômico. Essa movimentação é natural e esperada. O aumento de oferta de moradia e mesmo da rede hoteleira está comungando com a espectativa de crescimento inclusive populacional da cidade. Um evento com proporções desse nível como é a copa do mundo, que dá visibilidade tridimensional para a região, causa mesmo esse furor, o que está relacionado com a auto-estima do conjunto da sociedade. É bem vindo esse investimento. Agora cabe uma pergunta necessária: não é hora também da edificação de um grande TEATRO para a cidade. Um teatro multi-uso que posssa abrigar diversas manifestações artísticas com conforto, segurança e tecnologia. Nossa produção artistica já absorve e merece um impreendimento desse. Se for municipal melhor ainda. Com a palavra as autoridades e artistas interessaodos.